Tuesday, September 11, 2012

Marte - me


Marte - me

Flutuo e me deixo ir
Com gosto de terra em minha boca
E de raízes as quais me prendi.
Não mais me vejo como antes...

Com Fobos e Deimos, converso
E não sou correspondido
Aqui tudo é vermelho
Não de sangue...
Nem de paixão...

Vago o inóspito
Com o calor escaldante
Deteriorando minhas córneas,
Ultravioleta...

O oasis nunca esteve tão perto,
Naus de ferro e robótica
Chegam aos poucos...

Explosões surdas
Brilham sobre minhas têmporas
Novamente...

Mas dessa vez
Eu flutuo,
Flutuo me deixando ir
Salivando o gosto da terra
A galáxias - luzes daqui.

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