Wednesday, June 12, 2013

Ultimato

Ultimato

Pensava,
Logo indagava 
À felicidade

Para que e para quem?

O atordoava
Mantinha a luz acesa
A boca fechada
E o pensamento longe.

O natural o fascinava,
Nada além do sincero...
Recíproco...

Deem-no a verdade,
E nada mais...

Pois a mentira é o ultimato
Ferido...
Aos poucos...

Pela medida da indecisão


Tuesday, May 28, 2013

Muzak

Muzak

Não vejo, 
Te ouço
E não me sinto presente,
Falível,
Audível aos teus frágeis anseios.

Estampando o fundo,
Desbravas meu plano.

Mantenho o decoro
Esquecido nos choros.

Já não mais te julgo
Perante a meu mundo.

Paisagem agora
Sonora é detalhe.

Você não se importa
Alias, quem se importa?

Quando a importância esta vaga
E muitas vezes, presente e imperceptível.

Wednesday, April 3, 2013

Reencounter


Reencounter

I stood still
Below the blue haze skies
That claims for my presence
Again...

Echoed voices and whispers
Came from a full reverbed cave
While a quiet pleasant lunch
Stared from the whale stone
Comes evident on my thoughts.

Silence is precious
Even without its own pure existence.

It is time for reencounter...

The inner chase of humanity
Against confused acts
In our surrounded routines.

I have to go back
At least to say I tried,
Tried to break free from her spell.

Wednesday, November 21, 2012



O sol quebra em seus lábios
Rachados...
Permeando em dias ensolarados
De fracos risos
E fortes angústias

Nunca o vi tão só
Só, consigo mesmo...

Por trás do rosto sereno,
Um ideal
Um sonho
Ora utópico
Por hora impaciente.

Talvez o mundo já estivera pronto para compreendê-lo
Ou jamais estará
Pois ali,
Sozinho,
Esperando o sol morrer,

Eu nunca o vi tão só.
Só, consigo mesmo.
Só com a solidão.





Tuesday, September 18, 2012

"Vou Ter"

"Vou ter"

Existo, logo hesito
Pelo simples fato de ser e pensar
Assim...

Liberdade...
Tênue linha entre a solidão
E meros persistentes devaneios...


Porém volto a ti
Meus ternos pensamentos,
Momentos que nunca vivi.
Esqueço o discurso prévio...


Hesitar se torna fútil
E existir se faz todo e qualquer sentido.





Tuesday, September 11, 2012

Marte - me


Marte - me

Flutuo e me deixo ir
Com gosto de terra em minha boca
E de raízes as quais me prendi.
Não mais me vejo como antes...

Com Fobos e Deimos, converso
E não sou correspondido
Aqui tudo é vermelho
Não de sangue...
Nem de paixão...

Vago o inóspito
Com o calor escaldante
Deteriorando minhas córneas,
Ultravioleta...

O oasis nunca esteve tão perto,
Naus de ferro e robótica
Chegam aos poucos...

Explosões surdas
Brilham sobre minhas têmporas
Novamente...

Mas dessa vez
Eu flutuo,
Flutuo me deixando ir
Salivando o gosto da terra
A galáxias - luzes daqui.

Monday, August 27, 2012

The Smile

The Smile

Spare me a smile
Glanced over your shoulders.
The void...
Then darkness...
Afar again.

The touchable presence of yours
A pleasant time by some waterfall
The farmer's backyard...
Then the sun...

Seems we have passed out
For months...weeks
Staring the treetops
Or just my fantasy...

I still can't look at those pictures
Without bringing you alive

The true and pure smile
Insists on keeping me blind.